Cada um de nós tem percepções ou ideias diferentes do seu próprio corpo. A imagem corporal pode ser definida como a forma com
que cada um olha para o seu próprio corpo. É a representação mental do nosso corpo.
Nas sociedades
ocidentais o corpo ideal é ectomorfo (magro, esguio) atenuado para as mulheres
e mesomorfo (musculado) para os homens, sendo estes estereótipos difundidos
pela comunicação social.
Vários são os
cuidados corporais utilizados numa sociedade moderna e actuante como a que
vivemos, entre os cuidados salienta-se os cuidados de higiene (tomar banho, fazer
a barba, depilação, usar desodorizante, perfumes, etc.), cuidados alimentares
(comidas “light”, dietas, etc.) e cuidados na vigilância corporal (contar
calorias, pesar, etc.).
O homem sempre procurou
modificar, perceber, admirar, imortalizar o seu corpo. O homem, de uma forma geral, não se contenta, não está satisfeito com o seu corpo e
procura “transformá-lo e modelá-lo” através “da sua criação ou configuração
utilitária e produtiva”. Há uma
necessidade constante de fazer um “upgrade” do próprio corpo, as imagens que
conduzem a percepções pragmáticas, ilusórias de um corpo ideal conduzem a essa
necessidade.
Numa perspectiva hedonística e
social o homem procura qualquer caminho que possa alterar algo que ele sente
como indesejável para o tornar desejável e aceite, assim sendo, ele investe no
seu corpo (tempo, dinheiro, esforço) para sobreviver a estas pressões pessoais
e sociais. O homem polido tem a capacidade de rentabilizar as
qualidades do corpo usando todos os métodos estimulantes que existem no meio
que o rodeia, com o objectivo de incrementar os seus prazeres corporais.
E para cumprir estes desejos o
homem recorre a todo o tipo de mercadorias farmacológicas com objectivos de
corrigir um corpo inútil e tornado frágil pelas reivindicações da sociedade
contemporânea, tornando-se um corpo que paira num sistema muito dinâmico e
exigível.
O sentimento do próprio corpo é
um sentimento do próprio corpo sexuado, pois a diferenciação de sexos pressupõe,
também, a diferenciação de valores e atenções dadas a determinados fragmentos
corporais. E assim sendo, a auto-estima e o auto-conceito
reflectem-se de forma diferente entre os géneros, estando muitas vezes
relacionados com as “pressões dos modelos culturais”, pelos “estereótipos
muitos resistentes de masculinidade e feminilidade” e também pelas “modas”
vigentes numa sociedade num determinado tempo.
O género feminino empossa-se
mais que o género masculino na função social do corpo, sendo a beleza um valor
mais presente no género feminino que no masculino, ou então, o género masculino tem um valor de beleza diferente.
Esta procura de prazer e de
“desejo de corpos” leva a que as pessoas
adquiram determinadas posturas perante o corpo. “O amor-próprio e incapacidade
para formar relações profundas com os outros, procura do elogio e validação dos
outros, relutância para se envolver em relações que sejam exigentes,
especialmente com crianças ou idosos e um horror à velhice e à deterioração
física”, são manifestações de
uma personalidade narcísica, que coloca a questão da
expressão face à autenticidade. O corpo tornou-se um lugar de individualismo e
subjectividade.
Essa ânsia na procura do corpo desejado pode justificar algumas perturbações alimentares graves: se por um lado a rejeição de comer (Anorexia) leva à crença de se vir a gostar do próprio corpo, o consumo alimentar descomedido (Bulimia) dissimula a aflição de quem já preferiu repugná-lo. A objectividade da auto-avaliação corporal de cada pessoa não é constante, levando por vezes a falsos juízos do seu próprio corpo. Contudo, é desta auto-avaliação, provavelmente deformada, que a auto-estima se forma.
Mas há também quem
menospreze o corpo e o deixe ao abandono sem mobilizar qualquer esforço para o
manter vivo e saudável.Todos os comportamentos são aceitáveis, pois a individualidade de cada um deve ser respeitada. Contudo, não é esse caminho que aconselho a seguir.
Evite basear os seus ideais de beleza nos outros, use-os apenas como motivação e inspiração para adquirir mais força de vontade de alcançar a sua própria beleza. Ame-se a si própria (o) acima de qualquer coisa. Explore as suas potencialidades físicas e procure com o exercício e alimentação saudável alcançar aquilo que está menos positivo no seu entender, mas sempre com objectivos realistas e sensatos. Faça-se uma pessoa única e sinta-se como tal. Senão se amar a si própria quem é que a amará?
Evite basear os seus ideais de beleza nos outros, use-os apenas como motivação e inspiração para adquirir mais força de vontade de alcançar a sua própria beleza. Ame-se a si própria (o) acima de qualquer coisa. Explore as suas potencialidades físicas e procure com o exercício e alimentação saudável alcançar aquilo que está menos positivo no seu entender, mas sempre com objectivos realistas e sensatos. Faça-se uma pessoa única e sinta-se como tal. Senão se amar a si própria quem é que a amará?
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